4.7.13

sobre efemeridades

acordou na madrugada de supetão. a chuva desabava do lado de fora, e o coração debulhava lá dentro. o calafrio da barriga subia e descia. incessante.

a embriaguez passou e ficou só o vazio. o labor ocupa o diatodo tododia, das 8h às 22h, mas no fim da noite, o copo sempre volta para a mão, cheio de álcool e melancolia.

(- te antecipo para que saiba: te gosto, mas não quero que se machuque.)

já faz um tempo que não chora mais. por nada.
- só quando tá cheio de amor familiar, de romance conjugal e bonito demais o comercial de margarina. -
sofre uma dor silenciosa, etílica, que só os abraços fraternos podem reconfortar.

(- você já tá me machucando)