minha paciência tem estado em crise: teima em não permanecer. não é com tudo, nem com todo mundo. mas com alguns, já basta.
esses últimos dias têm sido daqueles estilo quebratudo, disse-lhes o que deveria ter dito à muito tempo. assumo quando erro mesmo que teime em não desculpar-me, mas dessa vez, os erros não foram meus.
hoje ao entrar no ônibus, voltando pra casa, depois de tanto tempo o reencontrei. com o mesmo sorriso agradável brilhando à distância. a simpatia sempre esbanjada, afinal não há porque economizá-la. durante meses era quem me ajudava a agüentar aquela rotina maluca, nunca deixou-me sem chão. é o tipo de pessoa em quem confio de olhos fechados à beira de um precipício, pois sei que nunca me deixaria cair. conhece segredos que ninguém além de mim sabe. fácil de lidar, fácil de se gostar e o riso, também fácil.
quando sentia que estava no fundo do poço, ele mostrava-me que eu não era assim tão ruim. gente boníssima, este rapaz.
alguns minutos que me fizeram bem. jogando conversa fora, sobre o cotidiano, a fuvest e como o sono bate àquela hora. e então eu pensei que, enquanto ainda houvessem pessoas como ele, o mundo não estaria perdido.