13.11.08

so long astoria

só aquilo me bastava: os dedos entrelaçados, perder-me no azul-piscina dos seus olhos e juras de amor eterno. não precisávamos de mais nada. de mãos dadas corríamos o mundo. aos monstros e mistérios que teimavam em assustar, oferecíamos nossos sorrisos sinceros e as flores que carregávamos na alma. você era lindo! éramos tão novos, mal sabíamos nos cuidar sozinhos. no tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido. mensagens entregues através de pombos correios, com desenhos incansáveis e músicas idílicas. você mal sabia escrever cartas românticas mas eu te amava mesmo assim.
você era volúvel na época em que eu nem sabia o que isso significava. todos os oceanos espremeram-se dentro dos meus olhos, sabe-se lá como. e quando tornou a me querer, eu já tinha crescido.

ainda bem que os tempos mudam. se tivesse parado naquele tempo, teria me tornado proporcionalmente o que você é hoje.
já não guardo rancores, hoje estou feliz.