- eu vou acabar me apaixonando. e você vai me foder.
com essa frase a tempestuosa insegurança veio me alertar sobre o fato de que já estava possuindo mais de 75% do meu corpo (sabe, água?). e que andei me agarrando a ela como se fosse desidratar.
da vida: passo metade do tempo lutando contra minha vaidade. e a outra metade, contra minha hipocrisia. metade de mim é amor e a outra metade... é dissimulação.
[será que amar é mesmo uma escolha? dessas que pessoas como nós (digo, eu e você que me manda whatsapp evasivo de madrugada depois de mais de ano de término) não se permitem usufruir para não se adentrar no universo da vulnerabilidade? (segredo: nunca falei 'eu te amo' primeiro)]
alguns bons anos saindo em perseguição à independência. à capacidade de não precisar de ninguém. nunca. de sobreviver sozinha, trabalhando mais horas que dormindo, correndo sem companhia no aterro do flamengo às oito da noite. e se o pote de maionese estiver impossível de abrir, vai sem maionese. negando a existência de qualquer tipo de fragilidade.
do futuro: seguir sem medo. mas se tiver medo, tudo bem também.