16.10.10

amores de inverno

do pouco que sei da vida, só me convém afirmar do rebuliço que tais palavras provocam em minhas utopias: tornam-se palpáveis.

aquela sensação de esplendor que provinha apenas de sonhos dormidos, começa a formigar dentre minhas vísceras. um formigamento que expande de célula em célula e por fim explode pela bainha de mielina. e meu deus! sinto-me tão viva.
almoço em laranjeiras. os garçons são gentis: repeteco de batata frita para um pré-mergulho nas ondas de ipanema. sol a pino, areia fininha. valseando de chinelos pelas calçadas onde os velhos poetas suspiraram seus amores de verão. sigo seus passos tentando desvendar mistério das almas que caminham sem pressa sobre calçados praianos.
apaixono-me pelos sorrisos que lêem meus olhos e gentilezas para além-mar. os planos são muito bons.

talvez aquele filme seja a história mais clichê de amor, mas as trilhas sonoras mudam a paleta de cores e o sentido dos vetores.
quero naufragar a língua no sal de outros portos. voar skydiving todavida.
é vitamina.