17.10.09

ponho tudo a perder



às vezes acho que meu pai sente orgulho quando subo nos palcos. não percebia tal sentimento desde que passei na federal há uns três anos e, obviamente, a forte decepção quando a larguei.
talvez esse seja um dos motivos pelo qual ainda não deixei a banda e me aposentei na música, como sempre disse que faria. outros motivos existem, mas tenho pensado neste. nunca fui tão boa quanto gostaria. "perfeccionista demais, fica tão preocupada com riffs errados que acaba nem se divertindo".
já fui muito prepotente, mas nunca confiei de verdade nas minhas capacidades. crescer é vida e experiência a mais, e não contagem regressiva rumo à morte. isso é tudo que devo me lembrar. a fita dupla no pulso terá que virar tripla?

eu vou ser grande um dia, pai.