ele estava tão certo quando disse que eu precisava recuperar a sensibilidade. a gente se enfia em mundos pessimistas demais, de crimes hediondos, corações partidos e pessoas de plástico, que se esquece que existiam músicas que deixam a respiração mais branda, paixonites que trazem a vontade de ganhar o mundo, gente querida com abraços apertados para afagar os medos e um sol gostoso nas tardes frias. o mundo que eu pintava de colorido tem dado lugar a uma paisagem cinza e sem sabor. falta-me a calma. mal tenho sentido os dias e as horas tão passando. enquanto disparo contra o tempo em busca de... nada.
tenho amado demenos.