3.2.09

reticências: marcha fúnebre

o que ele disse agora faz muito sentido: a gente começa a achar graça de tão desgraçadas que as coisas são.

você não está aqui agora e nunca está quando preciso. por isso que nunca precisei de você.
a praia que falta na janela pode chegar em breve, seu rosto ainda está na memória assim como sua voz. o tempo passa tão rápido e talvez eu esteja construindo uma paciência. mas o espaço dentro do meu abraço não é você quem preenche.
não é a sua mão que seguro quando tenho medo e não são os seus conselhos que sigo quando não sei o que fazer. não é você que conhece meus segredos e nem quem procuro quando me sinto só. mas que fique claro: não porque eu não quisesse.

e talvez não seja você mesmo. as mesmas desculpas, as mesmas reações. como sempre. insisti em rever os mesmos episódios, com pífias esperanças de que alguma coisa mudasse. até parece que eu já não sabia como seria o final.