8.11.08

the biggest miracle

quando eu era criança, meu pai costumava levar a mim e meu irmão pra comer churros enquanto minha mãe e minha irmã saíam às compras. naquela idade, churros ganhavam de lavada das roupas.
- você é a tia dela?
- não, sou a mãe.
porque era sempre ele quem nos levava. se na volta eu não agüentasse andar, me carregava no colo. e se agüentasse, sentia que tinha ganho uma maratona.

- mãe, estou triste. se o mundo acabasse, eu queria morrer junto de você.
filmes de guerra sempre me faziam sentir demais. não eram de terror, mas davam medo. cresci ouvindo as velhas histórias tenebrosas de família, a 2ª guerra devastou metade da minha. acho que é medo de perder.


procurei durante tantos anos tentar classificar o que é isso. uma admiração incondicional. sentir raiva de quem destratar. querer sempre bem. desejar, sinceramente, a felicidade deles mesmo que isso custe a minha. querer proteger, apesar de saber que no fundo são eles é que nos protegem de males do mundo inteiro.

é amor... é amor!